sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Eat Love - O medo é psicológico

Via Shutterstock.com


É interessante, ao analisarmos a nossa pessoa, percebermos que todos somos feitos da mesma matéria: temos um corpo (feito de matéria), dentro desse corpo existem orgãos (também eles feitos de matéria), mas um deles parece ter mais qualquer coisa que ainda está para ser explicada (gostava de ainda existir quando essa "qualquer coisa" fosse finalmente desvendada). 

O nosso cérebro prega-nos partidas, ora sentimos uma coisa, ora sentimos outra, alegria, dor, tristeza, entusiasmo, motivação, preocupação...medo. Tudo isto, é claro, espelha não só o que nos acontece na vida, mas a forma como olhamos para ela. E acreditem, a forma como olhamos para a nossa vida influencia muito aquilo que nos acontece!

Esta coisa de treinar só para conseguir o corpo que nós desejamos acho que já passou de moda, não acham? Não, não estou a confundir os temas de conversa, e espero que me estejam a entender. Se chegarem ao final do texto acho que vão perceber a minha mensagem.

O exterior está a começar a dar lugar ao interior, à introspecção, à consciência do que somos e do que sentimos. Quero acreditar que estamos em mudança. Em evolução. E que esta evolução seja de dentro para fora.

Treinar o nosso corpo, perceber os nossos medos e testar os nossos limites é muito mais do que apenas moldarmos as nossas formas. Essa transformação, física, é apenas a consequência de uma transformação psicológica.

Vou dar um exemplo prático: o simples acto de saltarmos para cima de uma caixa de 70 cm. 
A primeira vez que, durante um treino, o Luís me pediu para saltar e transpor essa caixa, eu bloqueei. Parece ridículo, eu sei. 70 cm? Como é que não consegues saltar para cima de uma caixa com 70 cm? Porque sentia medo. Medo de cair, medo de me magoar, medo de não conseguir. Saltei, com medo, consegui, ia quase caindo, mas consegui. Percebi o mecanismo do meu corpo e se desse balanço com os braços facilitava-me o salto. Repeti o balanço umas vezes para me habituar, e saltei, desta vez com mais certezas e menos medos. 
Esta semana fiz este exercício pela segunda vez, e o Luís disse logo:" é incrível, já saltas sem medo". Já salto sem medo, assim como há 2 anos corria 1km e cuspia os pulmões, agora já corro 10km seguidos com um orgulho tímido dentro de mim.

É caso para dizer...o medo é psicológico!


Não acreditamos até conseguirmos. 

Eu...prefiro acreditar que consigo!

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