quinta-feira, 28 de abril de 2016

Eat Love - #porquemeamo

Via Pinterest


Lembro-me da primeira vez que me chamaram gorda. Tinha 11 anos, andava no 6º ano e estava numa festa de anos de uma amiga da minha turma. Ela vivia numa casa com piscina e a tarde foi passada entre mergulhos, sugos e bolo de anos. 

Lembro-me exactamente do momento em que percebi que era mais rechonchuda do que os meus amiguinhos. Lembro-me que nesse momento, a menina cómica e brincalhona que habitava em mim, e que achava que podia fazer tudo, perdeu um bocadinho do seu brilho. 

Estávamos a mergulhar um de cada vez e quando chegou a minha vez ouvi um "deixa a gorda passar". Apercebi-me que aquela frase era para mim, e apesar da festa não ter parado (como nos filmes) e de quase ninguém ter reparado no que me tinham chamado, parecia que uma flecha se espetava em mim, certeira, bem dentro do meu coração. Gelei naquele momento. Quando me apercebi já estava dentro de água, escondida entre as bóias e com vontade de ficar ali a esconder o meu volume. Sai da piscina e rapidamente estiquei o braço para ir bicar a minha toalha para me cobrir. 
Toalha amiga, que me acompanhou nos 3 verões seguintes e que ficava ali junto ao mar ansiosamente à minha espera depois de um mergulho, pronta a vestir a minha vergonha. 

Aos 14 anos fiz a minha primeira dieta, comia sopas sem batata e batidos que substituíam refeições. Lembro-me de ficar a beber uma seiva estranha durante 3 dias e conseguir emagrecer 4kg que rapidamente regressavam implacáveis para preencher as minhas curvas

Curvas? "Isso é de mulher", dizia eu. "Eu sou uma miúda, não é suposto ter curvas", afirmava eu ao olhar para as outras meninas que tinham as curvas no sítio certo. 

Eu sonhava com o corpo da Barbie: cintura de vespa, maminhas e rabo no ponto, ombros estreitos e delicados, e já agora mais de 1.70 para ficar bem com qualquer trapinho! 


Mas porque é que tem de ser assim? 

Porque é que temos de ser todos diferentes?

Perguntava eu no auge da minha adolescência...

E agora, como mulher, com 30 anos respondo às minhas inseguranças com um 

AINDA BEM QUE É ASSIM! 

Ainda bem que somos todos diferentes. Ainda bem que todos temos qualidades e defeitos diferentes. Ainda bem que somos (a)variados, que somos fora da norma, que somos opostos, e sobretudo, ainda bem que somos capazes de nos amar a nós mesmos!

Antes pensava que ter curvas era sinónimo de ser gorda. Agora não trocava as minhas curvas por nada neste mundo!

#porquemeamo







Esta reflexão surgiu a partir de um convite para conhecer o novo movimento #porquemeamo da nova campanha da Danone que foi apresentada na semana passada e eu estive por lá para conhecê-la em primeira mão. O evento decorreu no restaurante Arola no hotel Penha Longa e contou com a presença da nova embaixadora Corpos Danone, a Jessica Athayde. Foram lançados 2 novos sabores de iogurte tipo grego com redução de calorias de morango e citrinos.
Eu já dei o meu testemunho.
E tu, porque te amas?



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